Junto a um relatório financeiro relativo ao primeiro trimestre fiscal de 2023, o Lionsgate+ anunciou que deixará a América Latina até o dia 31 de dezembro deste ano. Modificando a estratégia anterior de expansão para diferentes países, a empresa agora decidiu focar nos mercados dos Estados Unidos, do Canadá e do Reino Unido.
Apesar disso, segundo o CEO1 da empresa, John Feltheimer, um novo contrato de distribuição de longo prazo “muito favorável” foi assinado em julho com um parceiro ainda não divulgado. O catálogo do Lionsgate+ será, desse modo, disponibilizado nesse outro serviço após a saída do streaming da América Latina; alguns títulos serão antes, porém, retirados.
O executivo afirmou ainda que essa parceria trará para a empresa a rentabilidade desejada, o que ajudou no processo de tomada da decisão de sair da região. No ano passado, o serviço também deixou a Europa, vale notar.
Como ressaltou o Deadline, a companhia encontra-se em uma fase de redefinição dos negócios de maneira geral. A Lionsgate — produtora que detém o serviço — recentemente adquiriu a Entertainment One e está em vias de se separar da STARZ. A ideia é transformar o estúdio e o serviço de streaming/canal de televisão em duas empresas diferentes.
Os resultados financeiros do trimestre da Lionsgate foram, contudo, acima do esperado pelos analistas do mercado. A receita, no período, foi de US$909 milhões, 4% acima do esperado. A ideia por trás da saída da América Latina, dessa forma, é impulsar os números ao adotar uma nova estratégia, diminuindo os custos de operação.
O Lionsgate+ chegou ao Brasil em 2019 com um catálogo reduzido, podendo também ser assinado por meio de outros serviços, como nos Canais da Apple TV, no Mercado Livre e no Amazon Prime Video. Entre os títulos disponíveis no serviço, estão clássicos como “Jogos Vorazes”, “Psicopata Americano” e a franquia “Rambo”, além de sucessos mais recentes, como “The Great”.
Há cerca de um ano, o nome do serviço mudou de STARZPLAY para a atual nomenclatura em vários países, inclusive no Brasil — após um processo da Disney em razão da semelhança do nome com a marca Star+.