Marcos Palmeira é consenso na Globo para protagonizar 'Renascer'

Consta que o contrato que levará Marcos Palmeira de volta às locações de uma novela de Benedito Ruy Barbosa ainda não foi assinado, mas é da vontade da Globo e do ator que José Inocêncio, o patriarca do remake de “Renascer”, fique mesmo com ele. A saga está lançada. Herdeiro de José Leôncio na versão original de “Pantanal”, em 1990, ele se tornou o patriarca no remake do folhetim, e agora volta a ocupar essa função na pele de Inocêncio, de quem foi também herdeiro na “Renascer” de 1993.

A história se repete e não é como farsa. Bruno Luperi, neto do autor, responsável pela adaptação de “Pantanal”, de novo está encarregado de repaginar “Renascer”, próxima novela das nove na Globo. Palmeira, que tem dito a quem lhe pergunta sobre essa possibilidade que adoraria ser Inocêncio, personagem vivido por Antonio Fagundes em 93, mas nega que já tenha acertado assinatura de contrato.

O nome dele é consenso para a produção. Na Globo, não há plano B para o papel. Da escalação de Inocêncio dependem as demais escolhas, já que tudo fica em torno dessa figura.

Além de João Pedro, Inocêncio tem outros três filhos, em 93 vividos por Tarcísio Filho, Marco Ricca e Taumaturgo Ferreira. Outro papel fundamental no núcleo central é Mariana, trabalho que traumatizou Adriana Esteves em razão de um perfil um tanto ingrato: ela acaba seduzindo pai e filho --José Inocêncio e João Pedro, papel que também já tem nome quase definido no ramake.

O jogo duplo da personagem, entre madrasta ou esposa, acirra ainda mais as péssimas relações entre pai e filho, que desde sempre ouve Inocêncio culpá-lo pela morte da mãe, papel de Patrícia França, que morrera ao lhe dar à luz.

Sim, você já ouviu essa história antes em outros lugares, mas certamente esse enredo do parto ganhou algum frescor recentemente porque Walcyr Carrasco inseriu na sua novela, “Terra e Paixão”, um argumento semelhante entre os personagens de Tony Ramos e Cauã Reymond.

“Renascer” foi a primeira novela rural que a Globo produziu para a faixa nobre, conquista que veio na esteira de “Pantanal”, realizada com grande sucesso pela concorrência. Foi preciso que a Rede Manchete provasse o potencial dos tuiuiús, onças e sucuris na faixa das 10 da noite para que a Globo se rendesse ao cheiro de barro após o Jornal Nacional.

A emissora então convenceu Ruy Barbosa a voltar em troca da chance de escrever para o horário, e Palmeira era um elo a mais nesse enredo, repetindo, na Globo, o filho rejeitado que lhe projetara na Manchete. Na nova versão de “Pantanal”, o personagem foi vivido por José Loreto.

São memoráveis também as cenas de Palmeira amassando cacau, fruto motriz da riqueza de José Inocêncio conquistou, após fazer um pacto ao pé de um jequitibá onde crava um facão, elemento com peso de uma Excalibur.

“Renascer” volta a flertar com figuras místicas, a começar pelo cramulhão, que nesse enredo virá engarrafado como em “Paraíso”, mas então pelas mãos do simplório Tião Galinha, cujo sonho maior é “enricar”. Vivido por Osmar Prado há 30 anos, o personagem despertava grande comoção na época.

A novela também lançou nomes que viriam para ficar, como Leonardo Vieira, Maria Luísa Mendonça, a hemafrodita Buba, e Eliane Giardini, então já consagrada no teatro, mas ainda novidade para as lentes da TV. Jacutinga, a ex-prostituta interpretada por Fernanda Montenegro, é outra figura que desperta curiosidade sobre a opção da vez.

O remake de “Renascer” será a quinta novela de Benedito Ruy Barbosa no currículo de Palmeira, que esteve também em “Velho Chico” (2016). A novela começa a ser gravada em breve, para estrear no primeiro mês de 2024, sucedendo “Terra e Paixão”. A direção-artística estará a cargo de Gustavo Fernandez, que também dirigiu “Pantanal” após a saída de Rogério Gomes, o Papinha, da produção.

Eu já estou odiando muito isso

E nem por causa do Marcos Palmeira que é um excelente ator mas sim pela saturação excessiva da Globo em escalar sempre os mesmos

Fora que nossa, já foi o José Leôncio no remake de Pantanal e agora isso

Haja paciência e boa vontade de aguentar a emissora vir com a mesmice de sempre

Sabia que ia dar nisso, com a mesma direção de Pantanal.

Não estamos mais nos anos 90 quando os atores emendavam vários papéis parecidos. O próprio Fagundes fez A Viagem entre Renascer e O Rei do Gado.

O Ricco disse que está entre o Palmeira e o Benício. Podiam chamar um ator moreninho (que não fosse o Palmeira), como o Du Moscovis ou o Leonardo Vieira mesmo, já que o personagem é baiano.

1 curtida