
PRIDE: Parabéns pelo novo álbum, PRINCESS OF POWER! Esse é seu sexto disco, e seus fãs LGBTQ+ do mundo todo estão super empolgados. Como você está se sentindo nesse momento?
MARINA: Nesse momento… eu tô incrivelmente tranquila! Esse é um álbum realmente divertido pra mim. Quero que as pessoas se sintam bem ouvindo. Acho que a gente precisa de leveza, alegria, celebração — e eu sei que os gays são, literalmente, os melhores em manter a festa rolando. Mesmo quando tá tudo uma bagunça, os gays continuam festejando! Sempre tento empoderar as pessoas e dar força, e meus fãs fizeram exatamente isso por mim. Eu não mudaria nada na minha fanbase.
Como você diria que esse álbum se destaca em comparação com os anteriores?
Esse álbum é bem diverso. Ainda tem aquelas músicas bem emotivas. Todo mundo sabe que eu sou triste! Ainda tem os hits, mas as letras são trágicas. Era isso que eu precisava na minha vida. Eu tive alguns problemas de saúde que não conseguia entender há sete anos. Quando comecei a melhorar, quis mudar minha vida. Ouvi muito Kylie dos anos 2000, ABBA, Madonna, e vários artistas dos anos 70, na real. Eu precisava compor músicas com a energia que eu queria viver. Foi assim que tudo começou, e aí virou esse álbum conceitual. Minha intenção sempre foi fazer música com uma energia leve e vibrante.
Os visuais desse álbum estão incríveis, e alguns fãs até comentaram que essa fase lembra um pouco a era Electra Heart. Você acha que tem alguma semelhança entre os dois álbuns?
Pode ser por causa da peruca em “CUNTISSIMO” (risos). Também é um álbum de pop bem grandioso, mas não sei se é tão parecido assim com Electra Heart. Electra Heart falava sobre o amor como uma ameaça, e sobre me fechar emocionalmente pra me proteger. Esse álbum é o oposto total. É sobre escolher estar de coração aberto. E, sinceramente, é bem difícil viver de coração aberto num mundo onde parece que você pode se machucar a qualquer momento. Foi difícil, mas também muito positivo. O amor é a coisa mais forte e poderosa em mim. Não é mais uma fraqueza. Espero de verdade que esse álbum traga algo bom pra vida das pessoas.
Além de ser incrível que PRINCESS OF POWER vai ser lançado no Mês do Orgulho, você também vai se apresentar no WorldPride Music Festival no dia do lançamento. Isso que é dizer “direitos LGBTQ+”!
É literalmente pros gays! Foi o timing perfeito. Nem precisei pensar! Essa comunidade faz parte da minha fanbase há tanto tempo. Eu sou super a favor dos direitos humanos, e estamos vivendo um momento em que isso parece estar em risco. O fato de isso tudo acontecer a poucos quarteirões da Casa Branca é muito simbólico. Nós vamos estar lindos, e eu vou cantar umas sete ou oito músicas — talvez até duas inéditas!
Depois do WorldPride, você ainda vai se apresentar em vários festivais importantes durante o verão. Tá animada pra pegar a estrada esse ano?
Tô prontíssima! Faz um tempinho que não faço festivais nos EUA, e agora vou participar de uns que são incríveis. Vai ser tipo um aquecimento pra minha turnê principal, que ainda não foi anunciada, mas vai ser em breve! Acho super importante que o álbum ganhe vida nos palcos. É pra isso que eu faço tudo isso!
A comunidade LGBTQ+ te apoia desde o início. Que mensagem você gostaria de deixar pra esses fãs tão dedicados?
Vocês estão aqui por um motivo… pra ensinar a humanidade. Vocês são evoluídos de um jeito que os héteros ainda não são. Suas almas escolheram esse caminho por alguma razão — porque vocês são fortes. Essa comunidade me inspira o tempo todo.
Você também sempre esteve presente pra gente. Muita gente teve seu “despertar gay” vendo o clipe de “How to Be a Heartbreaker”!
Meu Deus! Essa é boa. Eu juro que não sabia! Então talvez eu seja a culpada… e não me importo com isso. Na verdade, eu adoraria.
Embora o Mês do Orgulho seja um momento de celebração, ele também tem raízes de protesto e luta por igualdade. Que palavras positivas você gostaria de deixar pra quem está se sentindo com medo nesses tempos difíceis?
Às vezes nem eu sei o que dizer pra mim mesma. Mas olha, se você tá passando por um momento difícil, isso geralmente significa que algo bom tá vindo aí. A vida funciona assim — a gente vai da escuridão pra luz o tempo todo. É assim que a gente cresce! Nos momentos mais difíceis da minha vida… foram os que mais me fizeram evoluir. A gente tá aqui pra ser desafiado e crescer junto.