A história da música Mônica, sucesso de Angela Ro Ro, é marcada por uma tragédia que marcou o século XX e traz à tona a discussão sobre a violência contra as mulheres e o feminicídio.
Considerada uma das maiores vozes da música brasileira e precursora do movimento LGBTQIA+ no Brasil. Primeiro ícone da música brasileira a se assumir abertamente lésbica.
A artist trouxe para sua então nova composição o horror cotidiano vivenciado pelas mulheres brasileiras, em um ciclo de violência, abuso e medo. Além do assassinato de Mônica, mais três feminicídios são lembrados na música: os casos de Aída Curi, Aracelli e *Cláudia Lessin.
Letra completa da música:
Garota, não vá se distrair
E acreditar que o mundo vive
A inocência desse teu olhar
Você se engana e se dá mal
Com tipinho anormal
E a sociedade vai te condenar
Morreu violentada por que quis
Saía, falava, dançava
Podia estar quieta e ser feliz
Calada, acuada, castrada
Morreu violentada por que quis
Saía, falava, dançava
Podia estar quieta e ser feliz
Agora não dá mais para sonhar
O seu diário na TV
Não há segredos mais pra ocultar
Todos vão saber que era criança
E que amava muito os pais
Que tinha um gato e outros pecados mais
Morreu violentada por que quis
Saía, falava, dançava
Podia estar quieta e ser feliz
Calada, acuada, castrada
Morreu violentada por que quis
Saía, falava, dançava
Podia estar quieta e ser feliz
Aída Curi era rock
Aracelli balão mágico
Cláudia Lessin a geração de Reich
O que eu não vou classificar
É a dor do pai, a dor da mãe
Que ela poderia ser, mas não vai
Queremos o seguinte no jornal
Quem mata menina se dá mal
Sendo gente bem ou marginal
Quem fere uma irmã tem seu final
Queremos o seguinte no jornal
Quem mata menina se dá mal
Sendo gente bem ou marginal
Quem fere uma irmã tem seu final
Quem mata menina se dá mal
Quem mata menina
Quem mata menina
Quem mata menina
(Quem mata menina)