Morre Léa Garcia | atriz estava em negociações para dar vida ao papel que foi de Chica Xavier no remake de "Renascer"

https://twitter.com/ParadiseNovelas/status/1690922547288645632?t=iF3z-wRpE-fPrFkBOYVdvg&s=19

Aos 90 anos, Léa Garcia foi convidada para “Renascer”, para reviver a personagem de Chica Xavier na primeira versão, de 1993. É a empregada da casa de José Inocêncio, o protagonista, que deverá ser interpretado por Marcos Palmeira. A atriz ainda está negociando.

Jackson Antunes já acertou sua participação como Deocleciano. Na trama original, de 1993, o papel coube a Roberto Bonfim. Recentemente, começaram os testes de elenco para os personagens da primeira fase da trama, que terá 12 capítulos.

As gravações estão previstas para outubro, com direção artística de Gustavo Fernandez. O remake da TV Globo é escrito por Bruno Luperi e estreará na faixa das 21h no próximo ano.

“Renascer” se passa numa fazenda de cacau em Ilhéus, na Bahia. José Inocêncio é um fazendeiro casado com Maria Santa e pai de quatro filhos: José Augusto, José Bento, José Venâncio e João Pedro, o caçula. A mulher morre logo após o nascimento do último, que passa a ser odiado pelo protagonista.

Morreu nesta terça-feira, aos 90 anos, a atriz Lea Garcia. Ela estava no Festival de Gramado, onde seria homenageada pelo conjunto da obra com o troféu Oscarito. A informação foi confirmada pelos familiares de Léa, nas redes sociais.

“É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no @festivaldecinemadegramado da nossa amada Léa Garcia”.

Post sobre falecimento de Léa Garcia — Foto: Instagram

Post sobre falecimento de Léa Garcia — Foto: Instagram

Léa estava circulando pelo Festival, que começou no último sábado, todos os dias. Chegou a posar sorridente na frente do troféu Kikito.

Léa Garcia em Gramado — Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto

Léa Garcia em Gramado — Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto

A carioca Léa Lucas Garcia de Aguiar estreou nos palcos aos 19 anos de idade, na peça “Rapsódia Negra”, de Abdias do Nascimento. Foi o interlectual e criador do Teatro Experimental do Negro (TEN), inclusive, que viu seu talento, quando a conheceu no ponto do bonde, em 1950, na praia de Botafogo.

“Estava indo buscar minha avó para levá-la ao cinema quando uma pessoa veio ao meu encontro e perguntou: ‘Você não gostaria de fazer teatro?’”, contou Léa à revista ELA, do GLOBO.

Léa, então, se apaixonou - não só por Abdias, com quem teve teve dois filhos (Henrique Christovão Garcia do Nascimento e Abdias do Nascimento Filho), mas pelas artes. A partir de então, seguiu carreira nas artes cênicas e, em 1956, esteve no elenco da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes. Ela também participou do filme, dirigido pelo francês Marcel Camus um ano depois. Sua atuação rendeu-lhe uma indicação ao prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes.

Na TV, a primeira novela de Léa foi “Acorrentados”, de 1969, na Record. Antes disso, participou de programas como “Grande Teatro”, da TV Tupi, e “Vendem-se Terrenos no Céu”. Sua estreia na TV Globo aconteceu em 1970, em “Assim na Terra como no Céu”, obra de Dias Gomes.

Léa esteve no elenco de sucessos da TV Globo como “Selva de pedra”, de Janete Clair, exibida em 1972, e “Escrava Isaura”, adaptação de Gilberto Braga para a obra de Bernardo Guimarães, no ar em 1976. Nesta novela, fez sua primeira vilã e sofreu represálias na rua.

“Escrava Isaura é o meu cartão de visitas. Tive muitas dificuldades em fazer cenas de maldade com a Lucélia Santos. Eu me lembro de uma cena em que, quando a Rosa (personagem de Léa) acabou de fazer todas as perversidades com a Isaura, eu tive uma crise se choro, me pegou muito forte. Chorei muito, não com pena, mas porque me tocou”, disse Léa ao site “Memória Globo”.

Na Manchete, fez parte de “Dona Beija”, em 1986, escrita por Wilson Aguiar Filho, “Tocaia grande”, de Duca Rachid baseado na obra de Jorge Amado, exibida em 1995, e “Xica da Silva”, de 1996, escrita por Walcyr Carrasco.

Nos anos 2000, participou ainda de “O Clone”, em 2002, novela de Glória Perez na TV Globo; “A Lei e o Crime”, em 2009, de Marcílio Moraes para a Record; a série do Globoplay “Assédio”, em 2018, escrita por Maria Camargo, entre outras participações. No dia 25 de agosto, entra no ar no Canal Brasil “Vizinhos”, um de seus últimos trabalhos.

Reconhecimento

Foram mais de 30 participações no cinema, entre curtas e longas-metragens, que renderam a Léa prêmios nacionais e internacionais. Além da indicação como melhor atriz do Festival de Cannes com “Orfeu negro”, seu primeiro filme, a carioca foi eleita melhor atriz, inclusive pelo júri popular, do Festival de Gramado por “Filhas do vento” (2005), de Joel Zito Araújo. Gramado a premiou novamente como melhor atriz de curta-metragem por “Acalanto”, em 2013. Este mesmo curta lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Brazilian Film Festival of Toronto, no Canadá.

Minha avó toda vez que vê essa atriz, lembra que ela pertubava a Escrava Isaura na versão original da Globo

grande dama da dramaturgia nacional

1 curtida

errr kkkkkkkkk
queria UMA OUTRA PERSONAGEM, que não fosse de EMPREGADA

1 curtida

NÉ aaaa

poxa mais uma empregada PRETA??? putz

A Rosa é um personagem muito interessante ao mesmo tempo que icônico, a morte dela mesmo influenciou várias outras novelas como Alma Gêmea por exemplo.

1 curtida

A personagem é gigante, muito envolvida na trama central e tem horrores de tempo de tela. E não é uma mera empregada, é governanta da casa. Uma personagem dessa magnitude vale mais que muitos personagens ordinários, até como alguns filhos inúteis do Zé Inocêncio.

Inclusive Chica Xavier merecia prêmios por sua atuação magistral em 1993. Ofuscou até a Adriana Esteves e outras novinhas do elenco.

1 curtida

acho que deveria ser uma atriz mais nova, não?

As pessoas tão muito presas ao arquétipo de empregada do Manoel Carlos, as subservientes que não tem trama própria e são basicamente escravas modernas das Helenas e cia.

Em novela do Benedito nunca foi assim. Em Pantanal mesmo, a Filó é empregada da casa do protagonista e não deixou de ser uma das maiores personagens da trama por causa disso. Com a Inácia é a mesma situação.

1 curtida

amigo…

Tigs você é bobo ou se faz? A novela é baiana, quer personagens brancos fazendo empregados lá? Pra depois reclamar que a Globo fez uma Bahia branca? Você não age com coerência.

bicho primeiro que tu não me conhece para dizer que não ajo com coerência mas já que tu falou:
vamos lá, imagina uma emissora como a globo, EM PLENO 2023, depois de ter sido vista com MAUS OLHOS após uma cena de racismo reverso, resolve escalar uma atriz preta para ser…empregada/governanta?
eu não estou dizendo que todo o elenco precisa ser branco mas é bom uma coerência nesse caso

Sim, vai ser assim porque a personagem é extremamente importante. Seria patético colocar uma branca num papel que foi magistralmente feito por uma negra (NUMA NOVELA BAIANA) em 1993. E vamos torcer pra pelo menos escalarem alguns negros pros papéis centrais, como os filhos do Zé Inocêncio.

mas é MAIS PATÉTICO ainda colocar só brancos como protagonistas, como a versão de 1993
enfim eu vou esperar pela escolha dos principais

morrendo com o stan noveleiro
uma briga maior que qualquer coisa do bruno luperi

O Fagundes já se declarou pardo mais de uma vez, o Palmeira é pardo e o Roberto Bonfim também. Tá parecendo que você não conhece nada de Renascer.

E isso aí já é outro debate, o que não poderia era passarem ESSA personagem impecável da Chica Xavier pra uma branca só porque pega mal empregados negros hoje em dia. Não é novela contemporânea e urbana no RJ. Tenha coerência nas expectativas.

kkkkkkkkkk enfim
eu falo de colocar pretos como protagonistas, de colocar uma larissa góes como mariana ou algo do tipo mas enfim
e sim amor, não conheço nada de renascer, sou novo, nasci em 1998

Ela faleceu