Dona de Mim estreia na próxima segunda-feira (28) e marca a volta de Camila Pitanga à Globo em uma participação especial como Ellen, mãe de Sofia (Elis Cabral), depois de 9 anos, quando atuou em Velho Chico (2016).
Na trama, a personagem da atriz é uma ex-funcionária da fábrica de lingerie que pertence à família de Abel Boaz (Tony Ramos). Ela interrompe a cerimônia de casamento do empresário com Filipa (Cláudia Abreu) para lhe cobrar uma dívida.
No passado, a ex-operária salvou a vida do patrão. Agora, estando com câncer do colo de útero em fase terminal, ela revela que a menina é filha de um bandido e implora ao milionário que assuma a paternidade da criança.
Em conversa com o NaTelinha, e demais veículos de imprensa, durante a festa de lançamento da novela das sete da Globo, Camila Pitanga falou sobre a importância da prevenção da doença.
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“É muito importante dar espaço nos veículos para lembrar as mulheres de fazerem a prevenção. Ir ao ginecologista uma vez por ano, fazer o preventivo. Não esperar ficar doente para se cuidar”.
Camila Pitanga
“Muitas mulheres acabam não tendo sorte no tratamento porque identificam quando o processo já está muito lá na frente. Outra coisa, a vacina HPV está aí! O SUS disponibiliza ela à partir dos 13 anos de idade. A vacina diminui as chances de câncer do colo de útero para 10%”, pontua.
Para dar vida a Ellen, Camila viu de perto como é o trabalho do INCA, conversou com médicos, psicólogos e com algumas pacientes também para entender melhor todo o processo.
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“Eu conheci o trabalho de excelência do INCA, pude conhecer um pouco mais da caminhada, da luta que é, e isso foi determinante para eu compreender o estado físico e emocional”.
Camila Pitanga
“Era importante que eu soubesse o que é câncer do colo de útero. A gente não fala explicitamente [na novela], mas a gente vê na tela que ela [personagem] está em um momento crítico na vida dela, de luta”, adianta a atriz.
Nas conversas que teve com mulheres que passam pelo mesmo problema que a sua personagem, Camila pode entender o poder da fé, da cura através da fé: “Entender a força da fé”, disse.
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“É claro que tem que fazer os protocolos de saúde, ir ao médico, mas a família, o apoio e a fé, isso, em quatro mulheres que foram generosas e conversaram comigo, todas elas me falaram como o grande porte, o grande eixo de cura é a fé”.
Camila Pitanga
Camila exaltou, ainda, a importância do SUS: “O SUS é tão abrangente. Tem a vigilância sanitária, os hospitais, as vacinas… Que a gente possa comemorar, porque é um modelo de saúde para muitos países. Com críticas a serem feitas, coisas a serem superadas, mas a gente tem que abraçar o SUS e não brigar com ele”, enfatiza.
A atriz avalia o quanto é difícil se despedir de um trabalho como esse sem marcas. “Por mais que a gente saiba que é ficção, que aquilo não tem nada a ver com o que a gente está vivendo, a gente se entrega, chora, entrega o nosso corpo, a nossa sensibilidade… Você não volta pra casa… Aquilo ainda está em você”, reflete.
Camila Pitanga comemora a presença cada vez mais de atrizes negras na TV
Antes de Dona de Mim estrear, Camila Pitanga pode ser vista como a vilã Dolores Fernandes na novela Beleza Fatal, disponível na HBO Max e exibida na TV aberta pela Band.
Durante o bate-papo com a imprensa, a atriz lembrou com carinho sobre um dos papéis que marcou a sua carreira, a prostituta Bebel de Paraíso Tropical (2007), e da versatilidade para interpretar novas personagens.
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“A maior magnitude no trabalho de atriz é você encarar novos desafios, se abrir a novos universos. É prazeroso, mas é trabalho. Mesmo depois de quase 20 anos de sucesso, em Paraíso Tropical, eu consigo encarar um novo personagem como se tivesse começando tudo de novo”,
Camila Pitanga
Questionada sobre a estreia de Clara Moneke como protagonista de Dona de Mim, Camila falou sobre a conversa que teve com a atriz. “Ela [Clara Moneke] falou isso é o futuro e eu falei não, Clara, isso é o presente. Você é um presente!”, disse emocionada,
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“Ter Clara Moneke como protagonista de uma novela das sete, Taís Araujo e Bella [Campos] na novela das nove, Jéssica Ellen agora, se despedindo [Volta por Cima], e todas as atrizes mesmo não sendo protagonistas…”,
Camila Pitanga
“Eu falo de Roberta Rodrigues, de Isabel Filardis, eu falo de Juliana Alves, que estão aí sempre emprestando o seu brilho, a sua inteligência, essa sagacidade para contar histórias que representam o Brasil. É uma emoção muito grande! A melhor emoção que eu poderia viver”, conclui.
