Pitchfork avalia novo álbum de Tate McRae

Em seu terceiro álbum, a cantora e dançarina canadense amplia a influência dos anos 2000 e aumenta a sensualidade. Embora seja seu lançamento mais maduro, a música ainda soa tediosa e requentada.

Nota: 6.0

Tate McRae já pode ser considerada uma main pop girl? Vamos analisar as evidências: ela tem um alter ego no palco (Tatiana) e um apelido divertido para seus fãs (Tater Tots). Já foi mencionada pelo Drake. Seu álbum mais recente vazou no começo do ano. Seus fãs mais dedicados já estão se revoltando e jurando que descobriram ela primeiro, esperando pacientemente até que o resto do mundo acompanhe. Mas, mesmo com seus 12,9 bilhões de streams (e contando), turnês globais e apoio das novas estrelas do pop, o carisma de McRae no palco nem sempre condiz com sua abordagem pouco ousada ao gênero.

Em seu terceiro álbum, So Close to What, a cantora canadense intensifica a influência do pop dos anos 2000, aumenta a sensualidade e inclui algumas baladas como um agrado. E, embora o resultado seja mais agradável do que seus antecessores, sua nostalgia ainda não consegue compensar a falta de originalidade.

Seu segundo álbum, THINK LATER, trocou as baladas de quarto por músicas prontas para a balada — uma mudança estratégica que parecia posicioná-la como a próxima Britney Spears (vide seus clipes suados e referências aos looks de tapete vermelho da estrela). Se esse disco parecia uma fase de transição, carregado de sentimentos adolescentes de seu debut, So Close to What soa como seu trabalho mais maduro até agora. Até suas reflexões sobre voltar para ex-relacionamentos tóxicos parecem mais ponderadas do que os desabafos ingênuos do passado. Em Revolving Door, impulsionada por um baixo pulsante, McRae canta sobre voltar para um ex repetidamente. “Eu confesso, não sou tão versátil”, diz ela, ciente de que, mesmo após a ferida cicatrizar, ela ainda está disposta a se machucar de novo. “Digo que estou bem, mas talvez esteja em negação.”

A busca pela perfeição geralmente leva a uma arte estéril — qualquer dançarino que já recebeu o conselho clichê de “relaxar e se soltar” pode confirmar — e So Close to What mostra McRae tentando abraçar mais as imperfeições da vida, em vez de evitá-las. É difícil imaginar a Tate da era THINK LATER listando todos os lugares onde gostaria de transar com seu novo namorado, como faz aqui na faixa Sports Car, uma homenagem ao Ying Yang Twins. O álbum está repleto de músicas dançantes, incluindo 2 Hands, cujo refrão agudo e metálico lembra Slide, de Calvin Harris — mais um exemplo de como o disco se apoia em referências ao invés de trazer algo novo. Já a faixa sobre términos Bloodonmyhands é bem executada, mas a participação de Flo Milli acaba ofuscando McRae. Além disso, os toques de Miami bass poderiam ter um impacto maior se não estivessem vindo logo após diversos outros artistas terem explorado esse som com mais força no ano passado.

Ao longo de sua duração, So Close to What se torna repetitivo, reciclando elementos que já funcionaram para outras estrelas do pop, mas com menos impacto. Quando um pós-refrão picotado e distorcido aparece pela primeira vez na sensual Miss Possessive, ele funciona como um gancho cativante, perfeito para uma pausa coreografada no show. Mas, quando a mesma ideia se repete em No I’m Not in Love e 2 Hands, ela começa a perder o brilho. Em Purple Lace Bra, McRae expressa sua frustração com a mídia e com os homens que só a valorizam quando ela se encaixa em um ideal sexualizado. Seu posicionamento é claro e relacionável, mas a faixa traz uma introdução etérea no estilo Charli XCX, gritos inspirados em FKA Twigs e uma melodia sussurrada à la Addison Rae — tudo isso nos primeiros 45 segundos. Não há problema em se inspirar em outros artistas, mas aqui parece que McRae e sua equipe simplesmente embarcaram na onda do pop alternativo sem construir algo que fosse verdadeiramente dela. E requentar ideias dos outros nunca é tão saboroso quanto quando elas são servidas quentes e frescas.

Dada a imitação subdesenvolvida de So Close to What, é possível que McRae – uma dançarina talentosa que parece colocar a performance em primeiro lugar e a música em segundo lugar – se saísse melhor como dançarina de destaque de um grupo feminino, como Lisa do BLACKPINK ou Megan do KATSEYE? No clipe de Sports Car, ela veste 12 looks de alta-costura, indo de fantasias de showgirl de Las Vegas a corsets de oncinha da Roberto Cavalli. Conforme experimenta diferentes arquétipos de popstar, o vídeo acaba funcionando como um reflexo dos problemas do álbum. Visualmente, ele é impressionante, mas os cortes rápidos nunca permitem que uma cena dure o suficiente para que McRae se aproprie totalmente de um personagem — e o espectador também não consegue enxergar, com clareza, quem ela realmente é.

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Radical optmism 6.6

Tate 6.0

Gente???

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@eros mas me falaram que é a Dua que recebe nota vermelha.
A Tate se segurando pra não tomar um vermelhao da pitchfork

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Jesus

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devia receber 0, um lixo desses

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Meu deus chamou de Scheila carvalho e Sheila Mello do pop

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chamou ela de jennifer lopez

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Eu tô ■■■■■■■■ conga la congaa

This Is Me Now 6.6
So Close to What 6.0

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Meu deus kkkkkk

no meta:
so close 77
this is me now 61

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pqp

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Até parece que eles gostam de cantoras pop assim, lixosos demais

Merecem 10 grace adams

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Eles humilharam mto a Tiazinha do canada

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Ar KKKk

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N to entendendo esse stan de dua e tate, desde quando isso? Q coisa mais aleatória

tacaram o pinico na mulher melancia do canadá

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eu to patrizia reggiani

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Eu também tive a mesma percepção. Ela tem talento, mas a música ainda não está mostrando o potencial dela como artista. Mas é aquele ditado, a proposta dela deve ser exatamente essa: um pop despretensioso.

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7 do snooze kkkk o mega hiperfoco na doll

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