Prefeitura de São Paulo consegue liminar para suspender procedimentos de aborto legal em hospital referência da cidade

A Prefeitura de São Paulo conseguiu na última sexta-feira (2) uma liminar, em segunda instância, para suspender as três decisões da Justiça que determinavam a retomada dos procedimentos de aborto legal no Hospital Municipal e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital.

O serviço foi suspenso pela prefeitura em dezembro de 2023, sob a justificativa de aumentar a capacidade para a realização de cirurgias no local.

Em uma das decisões em 1ª instância, a Justiça tinha obrigado a prefeitura a voltar com o procedimento após ação protocolada pelo PSOL. Depois, na quinta-feira (1º), a prefeitura afirmou, por meio de nota, que estava providenciando a retomada do aborto legal no Cachoeirinha.

Já a decisão em segunda instância, assinada pelo relator Eduardo Prataviera, a suspensão do procedimento na unidade não implica na falta de oferta — o que seria ilegal —, uma vez que pacientes que forem realizá-lo serão encaminhados a outros hospitais do município.

Contudo, dos cinco hospitais municipais que oferecem o serviço, o Vila Nova Cachoeirinha era o único a realizá-lo em casos de gestação com mais de 22 semanas. Também era o único no estado paulista.

Por isso, a liminar também estabelece que “o Município de São Paulo promova o reagendamento do procedimento em outras unidades de saúde públicas e encaminhe as novas pacientes e pacientes que tiveram o procedimento cancelado no Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha (em relação às quais deve ser promovida busca ativa), sem limitação de idade gestacional, para a realização do aborto legal nas demais unidades”.

Decisões judiciais

Na primeira decisão a respeito do tema, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre determinou que a prefeitura reativasse o serviço em dez dias e também promovesse a “busca ativa para que todas as pacientes que tiveram o procedimento cancelado sejam atendidas com brevidade”.

No dia 24 de janeiro, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, também determinou que a prefeitura retomasse o procedimento. Na decisão, a juíza estabeleceu, ainda, que o atendimento às pacientes acontecesse em até 10 dias, proibindo que o Cachoeirinha negasse o agendamento do procedimento para novas pacientes.

Em 29 de janeiro, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, determinou, pela terceira vez, que a prefeitura retome a realização de aborto legal no hospital. Há uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão.

Em janeiro, o Ministério Público Federal (MPF) também pediu que a Prefeitura de São Paulo explicasse por que a realização de aborto legal do hospital foi desativada.

A Procuradoria quer saber os motivos que levaram a administração municipal a suspender esse serviço e mantê-lo indisponível no hospital desde o mês passado.

Bônus:

https://twitter.com/ErikakHilton/status/1753146560752312409

:rotating_light: RESPEITE AS MULHERES, RICARDO NUNES O que está acontecendo com o aborto legal em São Paulo é um ESCÂNDALO.

:point_right:t5: Em Janeiro, a Prefeitura SUSPENDEU a realização do aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoeirinha. O único do ESTADO que fazia aborto após a 22ª semana de gestação.

:point_right:t5: Também em Janeiro, a Prefeitura estava informando que seus hospitais realizavam o aborto legal apenas até a 22ª semana. Mas NÃO EXISTE limite de tempo pro aborto legal.

:point_right:t5: Após denúncia do meu mandato, a Justiça já mandou que o procedimento volte à acontecer no Hospital Vila Nova Cachoeirinha TRÊS vezes. A Prefeitura está ignorando a ordem da Juíza e prefere pagar multa de R$50 mil por dia.

:point_right:t5: O futuro ex-Prefeito Ricardo Nunes chegou à dizer que “não é do gabinete de uma juíza que vai determinar onde serão feitos os procedimentos”.

:point_right:t5: E ontem, foi revelado que a Prefeitura estava copiando indevidamente os prontuários das pacientes que precisavam do serviço.

:rotating_light: Esses dados são de mulheres e pessoas que gestam vítimas de ESTUPRO, de CRIANÇAS, de pessoas incapazes de consentimento sexual, de mulheres que viveram verdadeiras tragédias em suas vidas. Há tempos Ricardo Nunes tenta colar a sua imagem com a de Bolsonaro visando a eleição. Está conseguindo: já demonstra ódio aos direitos reprodutivos das mulheres e pessoas que gestam e é incapaz de obedecer a Justiça.

https://twitter.com/esuplicy/status/1753062464562806905

Fonte:

Querem a todo custo obrigar meninas e mulheres a ter filho de est*prad0r

Vagabundos

Vagabundo nojento

Teu destino é a morte