Segurança, Mobilidade, Crise... Por que o RJ "encolheu"?

Por que o Rio ‘encolheu’? Veja hipóteses de analistas para a redução de população

IBGE diz que os dados ainda passam por análises, e que estudo será divulgado no fim de julho. g1 ouviu especialistas, que apontam como possíveis problemas: economia, segurança e mobilidade.

Dados divulgados pelo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28) mostram que 9 das 22 cidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro perderam população nos últimos 12 anos, incluindo a capital, que perdeu mais de 100 mil habitantes.

O presidente interino e diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, afirma que ainda não é possível estabelecer causas da redução de população nas cidades brasileiras, em especial no RJ. Informou ainda que o instituto tem uma comissão de profissionais que está analisando esses dados e que o resultado deve ser divulgado no fim de julho.

Embora não haja uma resposta oficial com base em estudos, o g1 ouviu opiniões de especialistas para tentar levantar hipóteses para os motivos, com base em dados das décadas anteriores. Veja abaixo.

Falhas de segurança e mobilidade

Para o urbanista Washington Fajardo, os números podem servir de alerta para o estado do Rio de Janeiro, especialmente na Região Metropolitana. Segundo ele, há uma certa fratura social e um possível sintoma de falha de políticas públicas em dois campos: segurança pública e mobilidade.

“Tem um gigantesco alerta para o governo do estado de ineficiência”, analisa.

Fajardo concorda com o diretor de pesquisas do IBGE que ainda é muito difícil de fazer afirmações sobre redução demográfica, mas supõe que, em especial na Baixada Fluminense, a influência na redução de habitantes se dá em relação ao custo de vida, à desestruturação social e ao aumento da insegurança, com profunda ineficiência de serviços públicos.

“Do ponto de vista urbanístico, vale entender as consequências de cidades com menos população, ou seja, na história brasileira, especialmente a partir da Segunda Guerra, a gente tem criado políticas urbanísticas e habitacionais baseadas na expansão da população. O fato de nós começarmos a lidar concretamente com redução de população significa uma necessidade urgente de fazer revisão nesse pensamento”, diz Fajardo.

Crise estrutural e econômica

Mauro Osório, professor do Instituto de Geografia da UFRJ, chama a atenção para outra questão que, em sua opinião, influi na saída de habitantes de algumas regiões: a crise estrutural e econômica.

"O Rio de Janeiro tem uma crise estrutural que vem desde a transferência da capital. É a região que menos cresce o tempo todo, então, para que alguém vai se mudar para uma região que menos cresce? Essa crise se aprofunda desde 2015 e reforça a tendência”, analisa Osório.

Petrópolis e Região Serrana: ‘estresse climático’

Fajardo alerta para a redução de população de Petrópolis (-5,1%) e da Região Serrana, que, na sua visão, pode estar relacionado com o componente de estresse climático, de crises ambientais, de chuvas e de alagamentos.

“A Região Serrana manteve historicamente uma qualidade de vida, não tem tanta interação com outra região, mantém economia local, mas precisa, urgentemente, de políticas para emergências climáticas”, comenta.

Maricá ‘joia da coroa’

Fajardo também chama a atenção para o crescimento populacional da cidade de Maricá, indo na contramão da tendência das outras cidades. O urbanista brinca que Maricá aparece como uma “joia da coroa”.

“No caso do Rio, é interessante observar como uma mudança no perfil metropolitano. A capital também com redução de população, chama muita atenção esse crescimento de Maricá, o que traz também uma análise de uma certa eficiência de políticas públicas, Maricá tem sido um case de boa utilização de recurso dos royalties, a cidade conseguindo oferecer qualidade de vida. Maricá é um dos raros municípios que tem o princípio da tarifa zero, então isso lança uma luz sobre a eficiência de políticas públicas como atratividade de mudança demográfica”, avalia.

O que acontece em Maricá é, para Washington Fajardo, o fenômeno mais interessante do ponto de vista desenvolvimento urbano em contexto metropolitano.

Porque será, né? Segurança zero, mobilidade precária, péssimas condições de vida, tudo caro, imoveis caros, passagem carissima… o numero ainda é baixo. Nasci no RJ e to até hoje mas foram inumeros pensamentos de ir embora

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pra morar bem no Rio vc tem q no mínimo ser rico pra caralho, imagina se sujeitar a viver nesses subúrbios dominados por milícia e tráfico. infelizmente é uma cidade linda mas podre pra quem mora de fato

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quanto é a passagem de ônibus aí?

Eu confesso q nunca tinha visto isso. Uma metropole com as caracteristicas do rio diminuir em população

só foi possível com um censo sob administração anitter

onibus 4,30
metro 6,90
trem 7,40
barca 7,70

Ainda tem muita gente que aguenta

sair do rio e vir para o interior do rio, foi a melhor coisa que eu fiz! não penso em voltar pro rio nunca mais

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Maricá diva que arrasa

As mudanças climáticas afetando diretamente as cidades da Região Serrana

Troca comigo, quero sair de SP e morar na cidade maravilhosa

Eu gosto do rio mas pra morar não dá
Apenas passeio

Cidade feita pra turista ou quem é rico e mora na zona sul/barra da tijuca

Pra valer a pena tem que morar na zona sul ou na barra, pq em SP a qualidade de vida é melhor amg

Se abrir um concurso pra professor aí, eu faço.

Se Deus quiser um dia entro pra essa estatística. Não vejo a hora de sair dessa cidade falida.

Se você não mora na Zona Sul, o ideal é apenas visitar o Rio de Janeiro

mds 7$ o trem kkk porra??

Então vamos mudar o nome: rio de janeiro para rio do flop?