Depois de se reencontrar com Xuxa Meneghel no documentário sobre a loira, Marlene Mattos recusou o convite para gravar um depoimento para o projeto sobre as paquitas. A conversa entre a diretora e sua ex-pupila foi amplamente explorada, e a empresária acabou atacada por dizer que não se arrependia de nada. Para evitar mais exposição e novas acusações, ela preferiu recusar uma aparição no projeto sobre as assistentes de palco da rainha dos baixinhos.
“Fui convidada para participar do documentário das paquitas, mas não fiquei interessada. Não conheço o conteúdo desse projeto e sei que serei citada, mas não me interessei em participar”, disse Marlene ao Notícias da TV.
A participação da ex-diretora dos programas de Xuxa era dada como certa não só pelas paquitas, como também pela direção do documentário, que leva o título Para Sempre Tão Bom. A ideia era que a empresária voltasse a falar sobre diversas questões envolvendo as meninas.
Ainda sem data de estreia definida, a série documental também vai tocar nas feridas das ex-assistentes de palco. As cobranças sofridas pelas profissionais --que tinham de pintar os cabelos de loiro e se manter magras a qualquer custo-- vão ser abordadas.
Mas Marlene não vai se defender na frente das câmeras. “Não gravei nada. Só se usaram inteligência artificial”, zombou a diretora do Geral do Povo, programa de Geraldo Luís na RedeTV!.
Assunto foi abordado no doc de Xuxa
O encontro de Xuxa com Marlene foi exibido no quarto episódio do documentário sobre a vida da apresentadora. Após alguns minutos de conversa, a eterna rainha dos baixinhos resolveu pressionar a ex-empresária sobre algumas acusações feitas por ex-paquitas. “Você tem noção do que você fez com a cabeça das meninas?”, indagou a loira.
“Elas vivem até hoje de ser paquitas. Eu deixava elas de castigo porque queria que elas tirassem notas, não aceitava notas abaixo de sete”, justificou Marlene. “Eu soube que, se elas ficassem gordas, você falava horrores na cara delas. Que você que exigia que elas pintassem o cabelo”, retrucou Xuxa.
A briga e o rompimento entre Xuxa e Marlene em 2002 tiveram consequências sérias para as meninas que trabalhavam como paquitas na época. Elas tinham um contrato de oito anos válido até 2007, mas o acordo foi encerrado junto com a parceria. As assistentes de palco ficaram desamparadas, sem trabalho e sem casa após o racha entre a apresentadora e sua então empresária.
A história foi revelada em depoimentos das ex-paquitas e de ex-funcionários da Xuxa Produções durante gravações do documentário Para Sempre Tão Bom. Monique Alfradique, Letícia Barros, Lana Rhodes, Thalita Ribeiro, Gabriella Ferreira, Stephanie Lourenço, Joana Mineiro e Daiane Amêndola relembraram os dramas que viveram na época em seus depoimentos.