Variety: Marina reinventa seu som com um eurodisco atrevido e sexy em "Princess of Power"

A cantora greco-galesa Marina Diamantis — anteriormente conhecida como Marina and the Diamonds e agora apenas Marina — é presença constante na cena pop há 15 anos, tendo se destacado inicialmente como segunda colocada (atrás de Ellie Goulding) na pesquisa “Sound of 2010” da BBC. Ela rapidamente assinou um contrato e lançou três álbuns em rápida sucessão nos cinco anos seguintes, tornando-se um sucesso nas paradas em seu país natal, o Reino Unido, e fazendo coisas específicas de uma época, como abrir shows para Katy Perry e Coldplay, ter uma forte presença no Tumblr e ter uma briga no Twitter com sua amiga Charli xcx em 2016 (elas já fizeram as pazes).

Ela manteve uma presença constante ao longo dos anos, mas seu novo álbum, “Princess of Power”, é algo muito diferente — uma redefinição e revitalização de som e imagem que parece definida pela letra da faixa-título que diz: “Eu tenho vivido a vida trancada em uma torre/ Mas agora estou florescendo como uma flor”. O álbum é repleto de ritmos eletrônicos deliciosamente pulsantes e letras hilárias e picantes — um dos singles principais do álbum e, sem dúvida, sua melhor música, se chama “C—tissimo” — que contrastam surpreendentemente com seu estilo de cantar intencionalmente formal e arqueado, que pode saltar repentinamente para um soprano arrebatador. (Embora não soem nada parecidos, o efeito “Será que ela acabou de dizer o que eu acho que ela disse??” das letras é frequentemente semelhante ao do último álbum de Sabrina Carpenter.) Grande parte dele também é, sem ser muito específico, perfeito para discotecas gays.

No entanto, as influências não são apenas dançantes: os sons do pop britânico dos anos 80 estão por toda parte, juntamente com floreios do Queen em seus vocais e, especialmente, explosões do ABBA do período tardio nas cordas exuberantes, arpejos de sintetizador e melodias europeias; há também uma grande dose de Madonna e Gaga em seu DNA. Mas, junto com o som renovado, a maior mudança aqui está na atitude, um ar cômico e cintilante de tédio opulento na letra e no tom. A saber, em “C—tissimo”: “Sou doce, fria e estranha/ Indecisa, obsessiva, anseio por uma taça de champanhe gelado/ Vamos ao Lago de Como e tomamos conta de um castelo/ As pessoas ainda dizem YOLO?” Há também uma balada adorável chamada “Hello Kitty”, cujo refrão inclui um hilariante e imponente “Mrroww, mrroww”.

Quinze anos depois, a carreira da maioria dos artistas está se estabilizando, ou pior. “Princess of Power” sugere que a de Marina está finalmente começando de verdade.

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