Para fugir da ansiedade gerada pelo excesso de redes sociais, pessoas estão deletando aplicativos. O movimento tem ganhado força no Brasil e no mundo todo.
Esse comportamento é tão comum entre quem usa as redes sociais que tem até nome: Fomo, uma sigla em inglês que caracteriza o medo de ficar de fora dos assuntos. Além disso, tem o Fobo, que é a ansiedade gerada pelo excesso de opções que aparecem na tela o tempo todo.
Para escapar dessa armadilha tem quem faça o movimento de sair das redes sociais chamado de Jomo, termo que reflete o prazer de não participar daquilo que está todo mundo comentando e aproveitar a paz de desconectar.
“Viver o ócio daquele momento de não ter mídias sociais é muito importante para nossa saúde mental sem sombra de dúvida. Não digo que seja radical, digo que seja em alguns momentos sim, importante”, diz a neuropsicóloga Marcela Bianca.
Sempre fui uma pessoa conectada. Minha relação com o mundo virtual começou muito cedo quando eu tinha 7 anos e minha tia me mostrou o Orkut e me convidou para criar uma conta. Eu mexia esporadicamente até que 2011 tive meu primeiro computador. Desde então me tornei uma pessoa extremamente viciada!
Nos últimos anos, tive problemas muito graves com a minha saúde mental. Sempre sofri de ansiedade e uma coisa que eu via nas pessoas mas jamais imaginei que ocorreria comigo era a depressão, depois que tomei iniciativa e deletei minhas redes sociais, minha saúde mental melhorou 90%. Os problemas continuam, óbvio, mas hoje vejo que metade desses problemas eram proveniente das redes sociais, no começo foi duro, hoje, não sinto falta. Fico feliz em ler matérias como essa e ver que as pessoas estão acordando e tendo essa iniciativa.